Médica pioneira em frontoplastia no Brasil diz que o critério para fazer a cirurgia deve ser primeiramente o incômodo com a aparência

O influenciador Lucas Rangel postou na tarde de ontem uma foto com roupa cirúrgica, a testa marcada e disse que estava indo fazer uma cirurgia para reduzir a testa, a frontoplastia. Falou ainda que sempre conviveu com piadas, mas que queria mudar essa situação.

Tudo não passava de uma brincadeira. Na verdade, ele fez uma cirurgia para corrigir a visão e ainda falou que a testa alta e a calvície não o incomodam de forma alguma e, por isso, ele não faria qualquer procedimento de correção.

De acordo com a médica Patrícia Marques, Lucas está certíssimo. A indicação para a grande maioria das cirurgias plásticas que visam modificar para sempre alguma parte do corpo é o desconforto estético, que acaba mexendo com a vida pessoal, profissional e com a autoestima da pessoa. “Infelizmente, vivemos em uma sociedade onde a aparência importa demais e a testa alta é um dos principais motivos de piada, especialmente na infância e adolescência. Mas se a pessoa se sente confiante e não liga para isso, este é o ponto chave sobre fazer ou não o procedimento, é o mais importante”, diz.

O bullying causa efeitos devastadores na autoestima e na saúde mental das pessoas e no caso da testa, isso continua depois de adulto, a médica que é especialista na técnica e já fez mais de 800 procedimentos conta que recebe muitos pacientes que evitam molhar os cabelos na frente dos outros, prender e até pegar vento no rosto, tudo por causa da testa.

A frontoplastia – também conhecida como avanço capilar – é uma cirurgia considerada simples, costuma durar, em média, 90 minutos e possibilita a redução de até 2,5 cm da testa, criando uma aparência mais harmônica e proporcional.

Ainda de acordo com a cirurgiã, que é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o principal objetivo do procedimento é, de fato, beneficiar o paciente em termos de estética facial. A redução do tamanho da testa pode resultar em uma aparência mais equilibrada do rosto, são ajustes sutis, mas que fazem a diferença no perfil geral, contribuindo para um visual mais harmônico e atraente. O procedimento gera benefícios físicos e psicológicos.

A frontoplastia traz diversos benefícios, mas Patrícia Marques finaliza com um alerta sobre os critérios para realizar a cirurgia, inclusive sobre a idade mínima: “O caso do Lucas serve de exemplo para muitas pessoas, não faça uma cirurgia só porque você ouve piadas, entenda, elabore o quanto você deseja de fato e o quanto isso te incomoda. Também não recomendamos cirurgias plásticas em idade precoce, é cada vez mais comum que crianças e adolescentes desejem alterar sua aparência, mas é importante esperar pelo amadurecimento emocional e até físico em alguns casos”, conta. 

Sobre a especialista: Patrícia Marques é graduada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, é membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e tem especializações em reconstrução de mama e da face no Hospital de la Santa Creu i Sant Pau, em Barcelona, e no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em NY, EUA.

É pioneira e referência nacional em frontoplastia e redução de testa e já transformou a vida de mais de 800 pessoas através das cirurgias realizadas. CRM-SP 146410.

Também é tricologista, especialista em medicina capilar.

Instagram: dra_patricia_marques
Site: https://www.drapatriciamarques.com.br
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Fonte: Redação