O influenciador e comediante esboçou sua opinião sobre o assunto e explicou como a perda da conta na rede social prejudicou o seu trabalho

Recentemente, influenciadores de conteúdo adulto estão enfrentando o mesmo problema na rede social Instagram: ter o perfil retirado do ar sem ter violado as regras da plataforma.

A famosa Rita Cadillac revelou no dia 7 de janeiro que perdeu permanentemente a sua conta no IG, com mais de 600 mil seguidores – com a justificativa de que a sua página “não segue os padrões da comunidade sobre propostas de cunho sexual para adultos”. Mas, a criadora garante que não é o caso.

Rita não foi a única a sofrer com as censuras do Instagram, mesmo não havendo comprovação de que a influenciadora teria rompido qualquer regra das diretrizes com os seus conteúdos. Além dela, criadores como Mari Ávila, Pipokinha, Lari Sumpani, Vagner Santiago e Gabriel Brito, também foram prejudicados com a justificativa de conteúdo 18+.

“Não tem nada de cunho sexual meu, não posto nada de cunho sexual. Não incentivo. Estou com raiva. Tem gente que botou feto e o Instagram tá inteiro”, disse ela, fazendo referência ao polêmico post do coach Thiago Nigro, que possui 9 milhões de seguidores, onde ele publicou foto de um feto abortado e causou revolta na web.

Conforme a página oficial das diretrizes da comunidade do Instagram, só são proibidas postagens que contém imagens protegidas por direitos autorais, discurso de ódio, bullying e abuso, automutilação, violência explícita ou nudez – com exceção de “fotos de cicatrizes pós-mastectomia e mulheres amamentando” ou imagens de “pinturas e esculturas”. Além disso, também não é permitido oferecer “serviços sexuais”.

“Eu não botei nada, não botei pelada. Ultimamente só estou pondo coisas de podcasts. E aí vem e me tiram? Não é nem pelos seguidores, a questão é tirarem do nada”, finalizou Rita.

Em um comunicado enviado pela equipe de Gabriel Brito, comediante e criador de conteúdo adulto PCD que também teve seu perfil no IG deletado, ele esboçou sua opinião sobre o assunto e explicou como a perda da conta na rede social prejudicou o seu trabalho. De acordo com Brito, sua página não tinha nenhum conteúdo explícito e também era famosa pelos vídeos de comédia produzidos por ele e seus amigos.

“O Instagram é uma das nossas maiores fontes de divulgação. Quando perdemos isso, é inevitável causar um impacto grande na venda dos conteúdos”, apontou Gabriel. “O que é triste, e que eu vejo muito, é que as diretrizes não se aplicam a todo mundo. Se uma pessoa muito famosa postar [algo proibido], não acontece nada. Essa é uma falha que o Instagram tem”.

Gabriel, que produz vídeos de comédia sobre sua condição e também entrou na produção de conteúdo adulto na Privacy para quebrar paradigmas sobre a vida sexual dos cadeirantes, ressaltou o quanto é importante que os influenciadores sejam livres para poderem dividir sua visão de mundo sem filtros.

“Temos que ter liberdade de postarmos o que quiser. Às vezes temos uma ideia genial, aí chega na hora e temos que cortar um monte de coisa, porque ‘tem restrição disso e daquilo’”, comentou. “Temos que usar 100% da nossa criatividade, sem se limitar”.

Fonte: Redação